Coreógrafos Nacionais

Antônio Nóbrega

Um importante artista brasileiro de característica multidisciplinar que estudou a cultura e o folclore brasileiros, partindo dos nordestinos, e que através disso tomou para si características peculiares que reverberam em seu fazer artístico.     
Antônio Nóbrega é de Pernambuco, nasceu em 2 de maio de 1952 e demonstrando uma grande aptidão para a música, seus pais o colocaram na Escola de Belas Artes de Recife aos 12 anos de idade.
Estudou violino, participou da Oquestra Sinfônica de Recife, da Oquestra de Câmara da Paraíba e ao mesmo tempo participava de um grupo de música popular que mantinha com suas irmãs.
Em meados da década de 60 o renomado escritor Ariano Suassuna[1], o convidou para participar do Quinteto Armorial[2], e a partir de então começou a ter contato com outros fazeres artísticos populares e passou a estudá-los por dez anos.
Nóbrega de formação erudita, considera-se um “franco-aprendedor integral em termos de estudo com artistas populares”. Além de estudar a cultura popular, dedicou-se a estudos de teatro-dança do ocidente e do oriente; dentre as referências para seu trabalho, que são amplas, estão também desde a novela picaresca à obra de Cervantes até os cômicos oscarito e Chaplin. Considera-se também “um intérprete multidisciplinar” pois tem em seu trabalho artístico a fusão da dança, mímica, habilidade circence e música como o que caracteriza “sua arte”.
Antônio Nóbrega, juntamente com sua esposa Rosane, também sua parceira no âmbito artístico, fundaram o Teatro Escola Brincante em São Paulo, um centro cultural que promove eventos e cursos ligados à dança, música e arte circense, um importante espaço para valorização e conhecimento da cultura brasileira.Também em São Paulo foi professor na UNICAMP do Departamento de Artes Corporais (o qual ajudou a implantar) ensinando danças brasileiras.
O seu “selo” de brincante conforme ele mesmo menciona, relaciona-se com
“o meu encontro com artistas populares. Com eles descobri essa herança essa permanência do espírito da brincadeira no que fazem. Não se autodenominam de atores, mas de folgazões ou brincantes. Para um artista popular, sua função é de um brincador de um folgazão, de um divertidor cujo espetáculo que participa é o brinquedo. Eles por herança da Idade Média - via península ibérica -, são intérpretes que ora utilizam o canto ora improvisam uma toada ora utilizam uma associação de passos para caracterizar um personagem, ora usam máscaras etc. Achei sempre isso maravilhoso e fiquei fascinado por esse universo multdisciplinar.” Entrevista cedida por Antônio Nóbrega para revista estudos avançados; (COELHO;FALCÃO, 1995)
Antônio Nóbrega utiliza um personagem que é recorrente em suas obras: o Tonheta, ele diz que é um herói popular de tipologia popular que ao desenvolvê-lo nutriu-o de referências eruditas, ele é um misto de bufão, palhaço, vagabundo, arlequim, um pícaro estradeiro, um amarelinho das estradas. Chama-o também de estradeiro andante.
Resumidamente Ariano Suassuna menciona o seu olhar sobre esse artista tão importante no que diz respeito à valorização e promoção da cultura brasileira que ele o faz através de seu peculiar trabalho artístico:
"De fato, com a aparição, na vida do palco brasileiro e no palco da vida brasileira, dessa extraordinária, ágil, lírica, e, ao mesmo tempo, cortante, aguda e satírica figura de Brincante, criado e recriado por Antonio Carlos Nóbrega - agora posso dizer, com orgulho e inveja ao mesmo tempo, que surgiu aquela maneira de encenar e representar com a qual eu sonhava e que, com minhas limitações e frustrações, não fui capaz de criar por mim mesmo. Antonio Carlos leva muito além e muito adiante aquele modelo que eu simplesmente imaginava para um verdadeiro ator brasileiro: porque ele, no campo do teatro encarado como espetáculo, é completo, sendo não somente autor, mas ainda ator. Mímico, dançarino, cantor e músico - tocador admirável de uma endemoniada rabeca, ágil, possessa e meio insana, como seu dono e como todo artista que se preza". (SUASSUNA, 1981)

Obras:

1976 - A Bandeira do Divino
1981 - A Arte da Cantoria
1982 - Maracatu Misterioso
1983 - Brincadeiras de roda estórias e canções de ninar
1985 - Mateus Presepeiro
1989 - O Reino do Meio Dia
1990 - Figural
1994 - Segundas Histórias
1995 - Na Pancada do Ganzá
1997 - Madeira que Cupim não rói
1998 - Pernambuco falando para o mundo
2000 - O marco do meio-dia
2002 - Lunário Perpétuo

Vídeos:







REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BANDEIRA, Alexandre. O frevo, segundo Antonio Nóbrega. Continente Multicultural, Recife, ano 7, n. 74, p. 12-17, fev. 2007.
COELHO, Marco Antonio; FALCÃO, Aluisio. Antonio Nóbrega: um artista multidisciplinar. Estudos Avançados, São Paulo, v. 9, n. 23, jan./abr. 1995. Dossiê Cultura Popular.
ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL. Disponível em:
SUASSUNA, Ariano. "A Arte da Cantoria", in Jornal do Brasil, Caderno B, Rio de Janeiro, 5 de abril de 1981.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     


[1] Importante escritor brasileiro que se utiliza de elementos da cultura nordestina em suas narrativas, escreveu “o auto da compadecida”, ‘A pedra do reino” entre outros.
[2] Oquestra de Câmara criada por Ariano Suassuna inserido no Movimento Armorial, do qual ele fez parte idealizando a formação de uma unificação da arte nordestina na busca de transformá-la em uma arte erudita.
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Rosa Antuña

Uma artista com várias facetas: bailarina, atriz, toca instrumentos, fala e canta. Essa versatilidade junto a seu desempenho enquanto artista a coloca em uma das melhores bailarinas do país, segundo a crítica Helena Herz.
Formada em ballet clássico pelo Centro Mineiro de Danças Clássicas graduada no Advanced, pelo método da Royal Academy of Dancing; estudou no Centro Pro-Danza de Cuba; e Palucca Schule Dresden na Alemanha, onde estudou dança moderna e improvisação.
Atualmente trabalha como solista na Cia. Mário Nascimento e é também assistente de direção e de coreografia, professora de dança contemporânea, teatro e voz e intérprete da Cia.; trabalha também com preparação e direção corporal para atores, e dirige o Grupo Êxtase em Belo Horizonte - de onde é natural.
Já recebeu diversos prêmios dentre eles de 2º lugar no Seminário Internacional de Dança de Brasília (1996); 1º lugar no XV Concurso Internacional de Dança de Joinville (grand pas de deux profissional - 1996); 1° lugar no VII Concurso de Dança do Mercosul, em Bento Gonçalves (solo ballet moderno-1999); e com o espetáculo Faladores, recebeu o Prêmio Sesc Sated 2009 de melhor bailarina.
Como intérprete atuou na Cia. Mineira de Danças, no Ballet Der Oper Chemnitz (Alemanha), no Analtisches Theater Dessau (Alemanha), o Erfurt Theater (Alemanha), no Grupo de Dança 1º Ato (Belo Horizonte), Cia. De Dança do Palácio das Artes (Belo Horizonte), Cuballet (São Paulo), Centro Pró-Danza de Cuba (Havana), Mimulus Cia. De Dança de Salão, Cia. Mário Nascimento (Belo Horizonte).
Em seu último trabalho Mulher Selvagem reúne anos de estudos e pesquisa e lança-se em um espetáculo solo dirigido por Mário nascimento. Neste trabalho com características de dança-teatro, ela utiliza em cena poesia, textos música e dança, que características marcantes em sua atuação.
Vídeo:
 http://www.youtube.com/watch?v=qfJ6cO1R6Ws
Entrevistas:
http://rosaantuna.blogspot.com/2011/08/entrevista-castelo-do-poeta-escapada.html
http://castelodopoeta.blogspot.com/2010/11/salao-de-baile-rosa-antuna.html

Referência Bibliográfica:
http://rosaantuna.blogspot.com/


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Carlota Portela


Começou na dança cedo, aos 6 anos de idade estudando balé clássico no Rio de Janeiro. É formada em Letras.
Com o passar do tempo conheceu o Jazz e foi estudar em Paris por um ano na Academie Internacionale de Dance. Quando voltou para o Brasil continuou seus estudos em balé clássico e jazz no Ballet Dalal Achar.
Como professora, logo fez enorme sucesso, desenvolvendo um trabalho da maior seriedade. Tem como grande preocupação o aprimoramento da técnica de dança em seus alunos. Por esta razão, vem contribuindo muito para a formação de grandes talentos entre os bailarinos cariocas, alguns com projeção internacional.
Em 1981 fundou a companhia “ Vacilou Dançou”, e em seguida abriu sua escola Jazz Carlota Portela no Bairro Jardim Botânico no Rio de Janeiro que é considerada uma das melhores e mais tradicionais da cidade.
Em 1998 foi convidada para sua primeira turnê internacional, realizando 15 espetáculos em diversas cidades da Alemanha.
Em 1999 criou o ballet GRITO inspirada na obra de Nelson Rodrigues.
Em 2001 recebeu convite para criar um trabalho para a Transitions Dance Company do Laban Centre em Londres.
Em 1986,recebeu o Prêmio Momento Jovem,pelo trabalho à frente do Vacilou.Em 1987,recebeu moção inserida nos Anais da Câmara Municipal do Rio de Janeiro por “ relevantes serviços prestados à arte da Dança.
Foi convidada inúmeras vezes como professora e jurada de todos os principais festivais de dança do Brasil ( entre eles Joinville, Uberlândia,Bento Gonçalves, Gramado, Belém) além de ter ministrado aulas em praticamente quase todos os estados brasileiros.
Fez parte do Conselho Consultivo do Festival de Dança de Joinville. Nos 2 últimos anos foi jurada de vários festivais incluindo o de Joinville. Foi jurada da dança dos famosos do programa do Faustão e foi uma das coreógrafas da Abertura dos Jogos Pan Americanos realizados no Rio de Janeiro.








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Ricardo Sheir



Natural de São Jerônimo, nasceu em 1˚de dezembro de 1961.
Mora atualmente em São Paulo e coordena a Cia de dança da cidade São José dos Campos

OS ESTILOS DE DANÇA QUE TRABALHA SÃO BALLET CLÁSSICO E DANÇA CONTEMPORÂNEA.
ü  EM UMA ENTREVISTA RESPONDE QUEM FORAM SUAS INFLUÊNCIAS NA DANÇA:
“Minha amiga mestra é e sempre será Dona Toshie Kobayashi, mas trabalhei com pessoas maravilhosas que, claro me influenciaram: Dinah Perry, Rose Calheiros, Ivone satie e uma grande parceria com Andrea Pivotto. No exterior, David Aktins e Marie Plosky em Sydney- Austria” (Sheir, 2011)

Ricardo é fã das escolas Harid, Juliard School e escola da Opera de Paris.
“um bailarino para entrar no mercado de trabalho, precisa ser eclético, saber se mexer, só a técnica clássica não é suficiente…” (Sheir,2011)


Premiações;
II interdanza 1997- Paraguai – Assunção
        Melhor coreografo
        Melhor Maitre preparador
Premio de escola destaque do ano, oferecido pela PROMODANÇA- 1998
Festival nacional de dança Joinville
        Melhor coreografo e premio AN festival-       2000
             Revelação Andrea Pivotto-2001
             Melhor coreografo-2004
             Revelação- Camila de Caso- 2007
             Melhor bailarino- Yoshi Suzuki- 2007
YOUTH AMERICA GRAND PRIX NY
            Primeiro lugar na categoria conjuntos e medalha de bronze para a solista ISABELA MAYLART, 2005
            Prêmio Máximo- Grand Prix para a solista Isabela Maylart, 2006
            Segundo lugar na categoria Conjuntos e medalha de bronze para a solista Aurora Dickie-2007 
            
Danzaamericana Cordoba- Argentina- 2007
            Melhor grupo.
            Maitre preparador.
            Melhor Coreógrafo.
Medalha de Mérito Artístico oferecida pelo CBDD, órgão vinculado a UNESCO- 2008


Bibliografia:
Fecebook



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   Jussara Miranda

 Nasceu em 21 de julho de 1958.
 Natural de Três de Maio, RS.
 Mora atualmente em Porto Alegre.
 Estudou na Feevale.
 Trabalha na Muovere Cia de Dança e Realizações culturais.


Algumas coreografias da Muovere Cia de Dança e projetos socias:
“Olho 3, que propicia a dança a quem nunca teve tal oportunidade, além de se deslocar livre por locais públicos. O destaque dessa visão é o projeto de dança homônimo.”(correio do povo)

“Dali Daqui, espetáculo que trabalhou a sexualidade e a liberdade, em 2009. “ (correio do povo)


“espetáculo "Deserto“, premiada com o Troféu Açoriano de Dança, em 1998, não fala apenas do universo que cerca o porto-alegrense, mas aborda uma temática mais universal: as mazelas da modernidade, causadoras da pressa e da automação dos sentimentos.” (festival de dança)

“Espetáculo Re-Sintos O projeto coreográfico dialoga com os pequenos eventos do dia a dia: a casa, o ginásio de esportes, o elevador, a clínica médica, a jaula da fera, a esquina das prostitutas, a sala de brinquedos, o salão de baile e a rua. Os eventos criticam, com bom humor e acidez, os comportamentos sociais. Os discursos padronizados da mídia e a exploração sobre as diferenças sociais são alguns dos aspectos exibidos na densidade caótica do espetáculo.I nspirado na figura do cavalo, signo de força, subserviência e virilidade, Re-Sintos expõe suas inconformidades.” (dancanomundo- notícias)

“A Muovere Cia de Dança foi fundada em 1989 por Jussara Miranda. Contemplada pela CAIXA Cultural, também realizou o espetáculo Olho3 em 2009. Em 2006, recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna pela Casa Bild de pesquisa e difusão de linguagens autorais em dança. Com o projeto Dança Calvino, criou Bild, coreografia baseada na obra de Italo Calvino, As Cidades Invisíveis; eAventura de um Soldado, inspirada na obra Amores Difíceis. Em 1997, ganhou dois prêmios pelo espetáculo Le Cirque Fernando: o Troféu de Melhor Coreografia pelo no Festival Nacional de Joinville e o Prêmio bolsas de estudos Essen/Alemanha no 1º Novo. Hamburgo Festival RS. Em 1996, o Troféu Helena Montenegro pelo espetáculo Barcelona no 5º Prêmio Sogipa para Dança e o Troféu Açorianos de Dança pelo espetáculo Lôcas. Em 1995 ganhou o Troféu Mário Avancini de Melhor Coreografia no Festival Nacional de Joinville pelo espetáculo Baile Fantasia.” Site: http://www.muovere.com.br/ (dancanomundo-noticias)

“Jussara Miranda é mestre profissional em Inclusão Social e Acessibilidade.” (dancanomundo-noticia)
“Sua pesquisa acadêmica problematiza Políticas Públicas e grupos de dança contemporânea em situação de trabalho. É Diretora e coreógrafa da Muovere Cia de Dança. Fez habilitação à dança teatro, técnica de dança moderna alemã e análise do movimento contemporâneo pelo Instituto Goethe Brasil/Alemanha UFBA 1989/Bahia. Principais projetos: Ser Diverso. Dança Calvino. Casa Bild: pesquisa de linguagens autorais. Dança e Sentidos: procedimentos de dança para pessoas cegas e PBV’s. Dali Daqui: dança versus homo afetividade (Prêmio Interações Estéticas Ponto de Cultura SOMOS LGBT RS).”  (dancanomundo-noticia)



Bibliografia:

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Flávia Tápias






Flávia Tápias interpreta grande parte do repertório do Grupo Tápias, desde 1998. Sua inclinação para a dança contemporânea a fez buscar cursos de teatro que transformassem a bailarina também em intérprete. Assim, seguiu seu caminho, aprendendo com renomados diretores de teatro, como Silvia Pareja, Alexandre Guimarães, Tuca Morais, Luis Fernando Lobo, Antônio Amâncio Cañaes, Marcio Augusto, Marta Cotrim, entre outros.

Alçando voos maiores, emprestou seu corpo ao coreógrafo brasileiro Henrique Rodovalho e ao israelense Rami Levi. Com dois trabalhos criados especialmente para o seu corpo, Flávia Tápias conquistou reconhecimento nacional e internacional, interpretando os solos nos principais eventos de dança do Brasil, além de importantes mostras internacionais: Festival Lugar à Dança, em Lisboa, Coimbra e Oeiras (Portugal); Internationales Tanzmesse NRW, em Essen e Düsseldorf (Alemanha); Festival Havana Vieja, em Havana (Cuba); Itálica Festival Internacional de Danza, em Tomares e Sevilla (Espanha); Dies de Dança, em Barcelona e Sitges (Espanha); e La Ruée Vers Lart, em Grenoble (França).


Encarando sempre os limites do seu corpo como provisórios, Flávia Tápias buscou incessantemente exercícios cênicos que lhe permitissem a absorção de novos significados. Desse modo, nasceu o projeto 5 coreógrafos e 1 corpo, no qual os coreógrafos Henrique Rodovalho (GO), Giselle Tápias (RJ), Ana Vitória (BA), Rami Levi (Israel) e o diretor de teatro Paulo de Moraes (RJ) criaram solos que desafiaram o corpo da intérprete.
O sucesso de 5 coreógrafos e 1 corpo repercutiu internacionalmente. Catherine Dunoyer, diretora do Danse à Lille/Les Reperages uma das mais expressivas mostras de dança da Europa , propôs a integração do espetáculo à edição de 2006 do evento, em Lille e Roubaix, na França.
mbém do sul da França, em julho de 2008.

De volta ao Brasil, 5 coreógrafos e 1 corpo II fez sua estreia nacional na mostra 4 Movimentos, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Na cidade do Rio de Janeiro, a primeira apresentação do espetáculo foi no SESC Copacabana.

Consagrada como uma intérprete intensa, versátil e imprevisível, Flávia Tápias conseguiu o que queria: ser capaz de levar ao limite o corpo que lhe dá vida.

Depois de tantas conquistas, iniciou uma nova etapa da sua vida: a da criação coreográfica, transpondo ao corpo de outros a linguagem contemporânea que, anteriormente, seu corpo experimentara de tantas formas.

Desse processo, nasceu o Experimenta Núcleo de Artes, hoje Grupo Tápias II, destinado à pesquisa de movimento e à experimentação da dança contemporânea. Formado a partir da convivência de artistas dos mais variados segmentos culturais, o grupo busca examinar estruturas coreográficas e cênicas, a partir da fusão de estilos e elementos próprios de cada segmento, tendo a orientação de Flávia Tápias.

Ao longo dos anos, o grupo vem se dedicando a ensaios e produção de peças de teatro adulto e infantil, agregando textos, técnicas teatrais e dança contemporânea. Realizou dezenas de montagens, criadas a partir das parcerias com diversos artistas, como Fernando Caruso, Miguel Thiré, Matheus Solano, Alexandre Bado, Rafael Queiroga, Thiago Fragoso, entre outros.

De suas obras, destacam-se Kitnet, Roubo no museu, Hábitos, manhas e manias, Doutor, minha filha não para de dançar, Brasis , "Fala-me de ti", Imortais e Anexo que cumpriram temporadas de sucesso em inúmeros teatros e eventos.

Convidada a construir uma obra com linguagem contemporânea para interpretação das bailarinas do corpo de balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Flávia Tápias desenvolveu o espetáculo RG 123-4, apresentado no evento 4 Movimentos, do Centro Cultural Banco do Brasil, em 2007.

Em 2007 e 2008 Flávia aceitou o desafio de coreografar além de interpretar parte do espetáculo Plural, projeto onde cabia a ela coreografar uma parte do Brasil ficando assim responsável junto com Giselle Tápias pela retratação da Região Suldeste onde foi nascida e criada. Esse espetáculo circulou pelo Brasil e foi convidado para se apresentar em outubro de 2008 na comemoração de 25 anos do Dansa a Lille, tendo ótima repercursão.

Por seu crescente prestígio juntos aos franceses, a artista recebeu o convite para nova residência em Paris, junto com o músico Serge Adame no Théâtre de lAgora, em março de 2009, para o festival SIENA - FRANÇA . Aproveitou a sua estada para falar da solidão do exílio, mesmo que voluntário e temporário, através do seu primeiro espetáculo como criadora intérprete de dança contemporânea chamado, Na véspera de não partir nunca. Com esse trabalho participou também do Festival SIENA BELO HORIZONTE Brasil, em junho de 2009 e do Festival OFF de Avignon em uma temporada de 8 a 26 de julho no Teatro Alizé, fazendo uma parceria do Grupo Tápias/Br com a Cia Quoi de Neuf Docteur/Fr.

Em junho de 2009 Flávia foi convidada para fazer uma turnê com o espetáculo 5 coreógrafos e um corpo na Repúbica Checa no Festival TANEC PRAHA, onde além de se apresentar em 7 cidades ministrou oficina.

Também atua em cursos livres no Brasil, na Espanha, na França e em Cuba. E, há 5 anos, dá aulas de dança contemporânea no Engenho das Artes, um projeto de inclusão e capacitação destinado a jovens das comunidades Morro da Formiga e Morro Santa Marta. Sua próxima oficina acontecera em abril de 2010 na cidade de Cretone ITALIA.

Em abril de 2009, Flávia Tápias foi a primeira aluna da Faculdade Angel Viana a concluir o curso de dança por aproveitamento de competência.









Vídeos : 5  Coreógrafos e 1 corpo


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Luciana Paludo


“Eu negava meu movimento, achava que era politicamente incorreto, démodé. Descobri a simplicidade de assumir o que está acontecendo comigo. Não faço o espetáculo para a crítica, faço o meu trabalho, e estou aberta a todas as críticas” (Luciana Paludo) 




Formação:

- Tem formação em ballet clássico e dança moderna .
- Cursou o Curso de Danças Clássicas da Fundação Teatro Guaíba (de 1987 à 1991) .
- É artista e professora de dança há 20 anos  .
- Formou-se no curso de dança de Curitiba em 1990 .
- É professora do curso de Dança da UFRGS .
- Gosta de filosofia e natureza.  
- Quer viver até os 104 anos. 
- Fez especialização em linguagem e comunicação e mestrado em artes visuais .



Como Coreógrafa:

- Sua construção coreográfica visa questões de corpo, espaço,
Tempo e intenção.
- De 1997 a 2001 ganhou vários prêmios em festivais de dança, entre eles o de melhor bailarina dos festivais de Bento Gonçalves, Encontro Latino Americano de Dança e Joenville.
- Depois de 2001 ela passou a trabalhar em festivais como professora, jurada e bailarina convidada. 
- 2002 fundou a companhia “Mimese Cia de dança-coisa”, em Cruz Alta que funciona até hoje.
- Em 2005 “Amanhã ou depois, deixe sua pele ver o pôr-do-sol” foi a sua primeira intervenção urbana.
- Participou com Dagmar Dornelles de algumas performances de rua.
- Em 2006, ganhou o Klauss Vianna, em Porto Alegre.
- Em 2007 ela fez um projeto para Caravana Funarte de Circulação Nacional.
- Faz parte do Coletivo de Artistas da Sala 209 de Porto Alegre desde 2008.
- 2008 e 2009 trabalhou no grupo experimental de dança de Porto Alegre.
- 2010 trabalhou para a Cia Municipal de Dança de Caxias do Sul.
- Em 2010 levou o trabalho "Glórias do Corpo" para apresentar na rua.
- Trabalha em colaboração com outros artistas e desenvolve seus trabalhos em forma de solo.
- Tem uma parceria com Pedro Rosa Paiva desde 2006. 
- Acredita que cada corpo possui qualidades peculiares preexistentes.
- Influenciada por seus professores da faculdade.
- Fez aulas com Merce Cunningham, Pinha Baush, Lutz Foster e Mark Sieckarec.
- Seus próximos projetos para 2011 são: um solo com a direção de Eva Schul e outro com a colaboração de Mário Nascimento.







  “Vejo a dança como uma forma de existir. Não consigo 
separar o desejo de vida e de dança.”  (Luciana Paludo)



“Não se prendam a cânones estéticos arbitrários! Dancem o que tiverem 
vontade de dançar. A dança é de cada um!” (Luciana Paludo)



Referências:


http://noticias.dancecast.com.br/2011/03/luciana-paludo-ser-pleno-em-movimento.html




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Mário Nascimento




Formação:

- Iniciou seus estudos no Brasil em 1978.
- Formação em Ballet clássico, jazz e dança moderna.
- Estudou atletismo, artes marciais e composição de ritmos musicais.
- Em 1989 aprimorou-se em dança moderna e contemporânea na Europa.

Como Coreógrafo:

- Influências: Martha Graham, José Limon e Laban.
- Em 1995 e 1996 ele foi assistente de direção e coreógrafo da Cisne Negro Cia. De Dança, onde criou as obras: "Sete por 7" e "Maracau de Chico Rei".
- Em 1997 Foi convidado pelo Centro Coreográfico da Comunicação Franco – Belga para dar aulas na Cia. Charleroi Dance de Bruxelas.
- Criou a Cia. Mario Nascimento em 1998.
-Em 1999 recebeu o prêmio APCA de Qualidade Artística pela obra "Arerê" e o APCA de Melhor coreógrafo por "Escapada".
- Em 2004 recebeu o prêmio USIMINAS / SINPARC como melhor coreógrafo pela obra "Escambo".
- Em 2005 foi convidado para coreografar no Balé da Cidade de São Paulo.
- Em 2011, estréia “Tourada com Fantasmas”, um espetáculo fruto de longa parceria entre  Mário Nascimento e o músico Fábio Cardia.
- Trabalha as conexões entre música e dança,com  técnicas e universos de dança de rua e voz como recurso cênico/sonoro.








Referências:







Vídeos:





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Sandro Borelli




Sandro Borelli é criador, coreógrafo, diretor artístico e intérprete da Cia. Borelli de Dança no Brasil.
Foi bailarino do Ballet Guaíra em Curitiba e do Ballet da Cidade de São Paulo. A partir da necessidade de divulgar ao mundo suas inquietações diante dos acontecimentos do homem na sociedade, Sandro Borelli funda independentemente no início dos anos 90 primeiramente como FAR 15 e mais tarde, após mudanças administrativas como Cia Borelli de Dança. Segundo o coreógrafo (2010): “... Quando se fala de ser humano é preciso falar do fracasso. Falar do ser humano... falar somente de vitórias... Eu não acredito nisto.”

Suas criações tratam de questões fortes dos seres humanos, que descrevem um manifesto de assuntos relacionados a fatos realistas, muitas vezes se apropria de literaturas, fazendo releituras das mesmas em suas criações como, por exemplo, Augusto dos Anjos, Franz Kafka e Che Guevara, literaturas que por muitas vezes expõe medos, angústias, solidão interior, dificuldades em lidar com a família e o círculo social perante o mundo. Diante destas constantes questões impregnadas dentro na nossa sociedade, Sandro Borelli acredita que ao mostrar esta realidade através do corpo, através da arte da Dança é uma das formas mais impactantes, sinceras e principalmente, verdadeira de referenciar a nossa trajetória enquanto ser humano, enquanto ser que se move, que para, que some, que impõe, que sofre, que mata, que vive a cada dia paradigmas sem mesmo se dar conta disto. Todas estas indagações se refletem nas características de sua técnica, os movimentos surgem de acordo com o tema proposto, servem de suporte para a criação um “leit motif”.



Repertório


*IFÁ- SE QUEREM GRITAR PARA O MUNDO (1997)

*A SOLIDÃO PROCLAMADA (1998)

*BENT- O CANTO PRESO (1988) Ainda na Cia F.A.R.15
Tendo como temas centrais o preconceito e o nazismo, Bent conta a história de um homem perseguido e preso por ser homossexual. Para amenizar seus honores, ele se faz passar por judeu. Na prisão, conhece outro homem de quem torna-se grande amigo e amante. Bent propõe discutir o preconceito sem apontar culpados, não importando quem são os mártires. A proposta da direção do espetáculo é atualizá-lo e construí-lo de maneira simples mas com grande impacto visual e emocional. A dança tem papel fundamental no espetáculo. O diálogo corporal é intenso e nasce da sensação e da emoção, explorando as transformações do universo humano.




*33- O EU E O OUTRO(2000)
Baseado em biografia do pintor Ismael Nery. Direção de José Possi Neto e coreografia de Sandro Borelli.



*SENHOR DOS ANJOS- O LAMENTO DAS COISAS (2001)
Coreografia que abriga a poética de Augusto dos Anjos, autor singular que não obteve reconhecimento em vida, e fala sobre morte, sobre a dureza de conviver com a angustia da perda, sobre a transcendência que não se realiza. Em cena não há personagens, mas sentimentos. Uma trágica festa emocionante.




*JARDIM DE TÂNTALO (2001)
“Jardim de Tântalo” é, na mitologia, um lugar em que, apesar de irreal, acontecem torturas e também no qual um personagem foi condenado pelos deuses a passar fome e sede por ter roubado seus manjares. Neste universo insano, as noções de tempo e espaço se apresentam completamente alteradas e o real e o não-real confundem-se assombrosamente, a ponto de desencadear outro tipo de olhar. O projeto investiga o pensamento que resiste à massificação, que se contrapõe à transformação da vida em mercado e do ser humano em mercadoria e que trafega na contramão do mercado cultural.





*A METARMORFOSE (2002)
Na história um jovem homem é transformado durante a noite em um monstruoso inseto, tornando-se assim o “objeto” de desgraça de sua família, um estranho em sua própria casa, sendo lançado a sentimentos de inadequação, culpa e isolamento. O espetáculo investiga as várias possibilidades de um corpo em constante conflito, ora dialogando, ora se digladiando, entre os limites do flagelo e das torturas nas quais ele mesmo se submete.



*KASULO (2003)


*O ABUTRE (2003)
Baseado no conto homônimo de Franz Kafka, o trabalho dá continuidade a sua pesquisa sobre o autor, iniciado com o espetáculo A METAMORFOSE em 2002. Utiliza-se de uma estrutura de gestos, ações corporais e movimentos de dança na construção de uma dramaturgia corporal capaz de gerar um jogo de tensão no espectador, similar a do universo criado por Kafka em suas obras. Uma luta acirrada e desesperadora de um homem para firmar-se diante de um universo absurdo e incoerente.




*O PROCESSO (2003)
Em O processo, o grupo encontra a possibilidade de investigar as várias formas de buscar no corpo o personagem K, enredado em uma trama indecifrável da qual tentará de desvencilhar do começo ao fim. A partir de Franz Kafka, desenvolve-se uma nova possibilidade de compreensão e apreensão de questões essenciais do universo humano.



*GÁRGULAS (2004)
Gárgulas se inspira na obra do pintor alemão Lucian Freud, hoje com 87 anos e radicado na Inglaterra. Neto do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856- 1939), o artista judeu viveu os horrores do Holocausto e desenvolveu, a partir da metade de sua carreira, um estilo que impactou Borelli durante pesquisas para outro espetáculo, "Jardim de Tântalo" (2003), que se baseava na loucura. "Ele passou a transitar artisticamente em um ambiente muito denso. A cor ocre, os tons sombrios e a retratação de corpos reais, sem retoques. Fiquei apaixonado", relembra. A montagem também marcou a transição do grupo. Depois de mudanças administrativas, foi rebatizado: de FAR-15 passou a ser a Cia Borelli.


*CARTA AO PAI (2006)
"Carta ao Pai" tem como referência a obra homônima de Franz Kafka, escrita em 1919. Na carta, que nunca foi enviada ao destinatário original, Kafka expõe toda a sua mágoa em relação ao pai autoritário, que ele chama de "tirano". O espetáculo é a tentativa de dissecar o conteúdo emocional e/ou espiritual de uma ação, de um gesto, de um olhar, de uma situação ou de uma atitude que seja índice de mistérios do drama humano. É espelho vivo, é o ato doloroso de se ver e não se reconhecer. É drama na estrutura da Dança.



*KAFKA IN OFF (2007)
Criado originalmente para a comemoração de 10 anos da Cia. Borelli de Dança em 2007, o espetáculo tem como fio condutor cenas coreográficas de pesquisas já realizadas pela Cia. dentro do universo kafkiano. Questionar a existência humana, suas contradições e incertezas, dentro de uma dramaturgia corporal que é marca da companhia, é o ponto central dessa investigação.


*CARNE SANTA (2007)
Resultado de uma pesquisa de criação coreográfica respaldada pelo discurso poético de RENATO RUSSO e pelo contexto social, político e estético da década de 1980, “Carne Santa” busca um sentido, um conjunto de idéias, pensamentos, e visões de mundo do indivíduo que se orienta para suas ações íntimas, sociais e (principalmente) políticas, ora negando Deus, ora adorando-o. Um ser hermafrodita carregando dentro de si seu próprio útero e seu próprio esperma – um homem gerando a si mesmo, reinventando-se e quase sempre não se reconhecendo. O trágico de ser híbrido e perecível. Projeto contemplado pelo Programa de Ação Cultural (PAC), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.




*ARTISTA DA FOME (2008)
Inspirado no conto “UM ARTISTA DA FOME” de Franz Kafka, o espetáculo discute a relação entre o público e a celebridade instantânea. Questiona a trinca dinheiro-poder-status e o apetite – por informação, por sexo e tecnologia. – incomensurável a que se entrega a sociedade de consumo, ávida por novidades descartáveis. A Cia. Borelli assume mais uma vez o compromisso de buscar um retrato realista, sem retoques, a fim de compor uma obra visceral, densa e, principalmente, sem concessões. O espetáculo compõem o projeto Morte: Manifestação e Reflexão, contemplado pelo 7º Edital de Fomento a Dança da cidade de São Paulo. O coreógrafo, Sandro Borelli, revê assim sua trajetória, e programa as estreias dos outros quatro trabalhos para os meses de abril e julho. A temporada termina em agosto com o lançamento de um documentário sobre os treze anos de trajetória da companhia, com direção de Osmar Zampieri.


                                                                            
*ESTADO INDEPENDENTE (2009)
O espetáculo é inspirado na figura de Che Guevara e na sua permanência no imaginário coletivo como um personagem revolucionário e indomável, disposto a lutar contra a miséria material e espiritual. A Cia Borelli de Dança apresenta uma criação coreográfica que busca revelar as insatisfações do ser humano, relembrando as ideias do guerrilheiro latino, que, apesar do tempo, continuam firmes e vivas.



*PONTO FINAL DA ÚLTIMA CENA (2010)
Ponto Final da Última Cena busca na doença Mal de Alzheimer elementos para construir recordações, mostrando o ser humano preso em si mesmo.


*PRODUTO PERECÍVEL LAICO (2011)
Inspirado no poema "A MORTE", de Cruz e Sousa.





REFERENCIAS:

Sites:


 Paulo Caldas







Paulo Caldas, bailarino e coreografo, iniciou seus estudos de dança em 1988. Além do balé clássico, iniciou seu envolvimento com as danças modernas e contemporâneas através dos cursos de sistema Laban de analise do movimento, com á coreografa Regina Miranda.

Staccato, companhia fundada em 1993, através de uma consistente pesquisa de linguagem e de uma estética baseada na dramaturgia de movimento, a companhia estabeleceu um universo corporal próprio e em continua exploração, tanto em sua dimensão expressiva quanto técnica.

Paulo Caudas, além de diretor da companhia, é também idealizador do- dança em foco 2003, festival internacional de vídeo e dança (primeiro evento brasileiro dedicado exclusivamente a interface vídeo/dança) e também professor de contemporâneo e composição coreográfica dos cursos de graduação em dança da univerCidade e da faculdade Angel Viana.

O trabalho do coreógrafo, à frente do Staccato Dança Contemporâneo, vem se construindo sobre idéias perseguidas com afinco e até obsessão, de obra em obra. No corpo, a escrita de Paulo se apóia na construção de linhas circulares e espirais, em fluxo contínuo, fazendo que o movimento jamais se congele ou se interrompa abruptamente. A iluminação, central nas peças do Staccato, funciona como um diafragma que deixa que essa dança contínua chegue aos olhos do espectador com maior ou menor nitidez, recortando a cena, num jogo de transparência e sombra, fazendo o espaço pulsar. Na escrita, em que todos esses elementos se articulam, Paulo desenvolve suas idéias de cabo a rabo, com o rigor de um cientista, sem fazer concessões.



Principais obras:



1993: pas, 1994: apagio, 1995: falso movimento, 1995: você, 1996: ostinato, 1997: basse danse (duo), 1997: camarescura, 1998: estúdio 1, 1999: inscrito (solo para Angel Viana), 2000: quase cinema, 2004: base danse (solo), 2006: filme, 2008: quinteto.