Companhias Nacionais


Companhia de Dança Deborah Colker

Em 1993, nasce nos salões do clube Casa do Minho, onde Deborah dava aulas, o embrião do que seria a Companhia de Dança Deborah Colker. Ela entraria em cena no projeto O Globo em Movimento no qual a Companhia estreou em 1994 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em programa duplo com o Grupo Momix.
A diversidade, a inquietação, não são uma marca do trabalho de Deborah Colker por acaso. Ela cursou Psicologia, foi jogadora de vôlei e estudou piano durante dez anos. A partir de 1980, dançou, coreografou e deu aulas durante oito anos no grupo Coringa, sob a direção de Graciela Figueroa.
Em 1995, devido à repercussão de seu trabalho, a Companhia conquistou o patrocínio exclusivo da Petrobrás, o que lhe tem possibilitado alçar grandes vôos e se firmar no panorama da dança mundial.

Centro de Movimento

É um Centro para pensar, emocionar e construir um corpo que tem prazer em se movimentar.”
O CMDC é um lugar aberto a todos interessados em artes, cultura e movimento.
Uma escola com diversas técnicas de movimento: Ballet Clássico, Dança Contemporânea, Hip Hop, Jazz, Sapateado, Circo, Alongamento, Mat Pilates e Wayshia
A escola oferece cursos em todas as áreas relacionadas ao movimento, além das aulas de teatro, filosofia, anatomia, história da dança e eventos como exposições de artes visuais, leituras e recitais de música, integrados a dança num esforço de ampliar o horizonte dos alunos.Se Configura num espaço comum entre companhia e escola, onde profissionais e estudantes se encontram e relacionam-se com a dança através da arte, saúde, lazer.

Espetáculos

MIX (1995)
É a combinação dos dois primeiros espetáculos da Companhia de Dança Deborah Colker:VULCÃO e VELOX. Junta os sentimentos de Paixão, a ironia e a elegância de Desfile, a reflexão sobre o princípio do movimento esboçada em Máquinas e largamente desenvolvidas em Mecânica e Sonar, a confusão de gestos e movimentos instalada em Cotidiano e o balé verticalizado de Alpinismo, resultando num terceiro espetáculo.
Rota (1997)
São linhas, círculos, mapas. Possibilidades de caminhos, descobrimentos. A exploração de vários planos e níveis, ocupação integral do espaço.
Todos os movimentos, dentro e fora da roda, buscam a idéia da circularidade. Fluxo circular contínuo e simples. Rota busca diversão, prazer. Movimento.
Casa (1999)
Construir uma casa é construir espaços. Dançar é ocupar espaços, a arquitetura do movimento”.
Deborah parte de uma idéia simples, investir nas ações banais para entrar no mundo imaginário e transformá-lo em movimento. Como faz parte do seu processo criativo, o cotidiano é uma fonte de inspiração.
4 POR 4 (2002)
É uma colaboração entre dança e arte visual. Trabalhos de artistas brasileiros de diferentes épocas e estilos são transformados em dança.
NÓ (2005)
Bailarinos amarrados com cordas, corpos que se aprisionam e se libertam, movimentos inspirados em um cavalo, dançarinos entrelaçados, uma mulher presa pelos cabelos.
Neste espetáculo Colker transforma em dança um tema demasiado humano: o desejo.
No primeiro ato, os bailarinos se movimentam em meio a um emaranhado de 120 cordas. Cordas que dão nós e que simbolizam os laços afetivos que nos amarram. Cordas que servem para aprisionar, para puxar, para ligar, para libertar.
No segundo ato, saem as cordas e o palco é ocupado por uma caixa transparente de 3,1 x 2,5 metros, os bailarinos se enlaçam, se atraem e opõem, se atam e se desatam. É uma metáfora do desejo, daquilo que se ambiciona, mas não se pode realizar.
Dínamo (2006)
Dínamo foi concebido a convite do Kampnagel, um dos maiores centros culturais dedicado a produções internacionais e locais em Hamburgo, Alemanha, para ser exibido durante a realização da Copa do Mundo de 2006 e levava o nome de Maracanã.
Em Dínamo, entra em campo o universo do futebol, o jogo, suas táticas, sua ginga e principalmente a paixão.
Cruel (2008)
Cruel é uma série aberta de elementos narrativos que só se completa com o olhar do espectador. Corpos em movimento que exigem a decifração, um novo jogo entre o Acaso e a Necessidade. Histórias ordinárias, daquelas que se repetem, atam e desatam. Histórias quase sempre cruéis.
Tatyana (2011)
É baseado em “Evguêni Oniéguin”, o romance em versos, publicado em 1832 por Aleksandr Púchkin (1799-1837), o pai da literatura russa.
Em dois atos, a Companhia leva ao palco o próprio Púchkin, interagindo com as ações, desejos, pensamentos e transformações psicológicas dos quatro protagonistas de sua obra-prima.


Bibliografia:
http://www.ciadeborahcolker.com.br/br/ Em 11/06/2011 as 20:17
http://www.ciadeborahcolker.com.br/2009/02/11/mix/ Em 11/06/2011 as 20:48
http://www.youtube.com/watch?v=RUXnXyLORms&feature=player_embedded#at=63 Em 12/06/2011 as 12:48

Trabalho desenvolvido pela acadêmica Rejanete Vieira.

Download do arquivo desse trabalho:


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CIA. DANÇA QUASAR – (DANÇA CONTEMPORÂNEA).

Criada e sediada em Goiânia, Goiás Cia  Quasar é um veículo de manifestação artística que se expressa através da dança contemporânea desenvolvendo uma proposta estética própria e diversa e tem a sua frente o coreógrafo Henrique Rodovalho.


Quasar se consolidou como companhia profissional, independente e alcançou lugar de destaque no cenário da dança contemporânea nacional e internacional. A linguagem própria desenvolvida pelo grupo é referência estética para pesquisadores e críticos de todo País.
           A vinte e três anos vem construindo uma mistura de qualidade artística e engajamento em ações voltadas para a democratização do acesso a dança, a qualificação profissional e a formação de público. A companhia trabalha entre a cultura erudita e a música popular brasileira.

         O reconhecimento no Brasil iniciou-se com o irreverente espetáculo Registro (1997), durante o Prêmio Mambembr , quando o Ministério da Cultura, através da Funarte (Fundação de Apoio à Arte), concedeu cinco premiações à Quasar: melhor do ano nas categorias grupo, espetáculo, coreógrafo, bailarino revelação e bailarina revelação.
Na Cia de Dança Quasar encontramos atividades educacionais que acontecem no espaço Quasar e o relato que a companhia realiza 80 apresentações nas escolas do interior de Goiana, Além da preocupação com a pesquisa, e a formação de profissionais da dança, para isso a Cia promove oficinas e palestras.


Ao analisar os fragmentos de vídeos disponíveis na internet percebe-se a versatilidade das suas propostas e de seus bailarinos no palco, além de uma movimentação constante. Caracteriza-se ainda pela não padronização de elenco, de movimentos e de organização coreográfica.





Companhia trabalha com...
-  Inversão dos papéis sociais;
Relação do ser humano com o tempo;
-Nos espetáculos usa clima de mistério e sensualidade;
-Solidão do ser humano nos tempos modernos;
-Ousadia em seus trabalhos usando fotografia, vídeo e música ao vivo ao improviso no palco;
-Coreografias baseadas na vida de artistas populares do nordeste brasileiro.;
-Entre outros.



Acadêmica Franciele Serpa

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Localizada no sul do Brasil, em Florianópolis (SC), dirigida por Alejandro Ahmed(1971),coreógrafo e bailarino. O Grupo Cena11 Cia.de Dança é uma das mais importantes e principais companhias de dança contemporânea em atividade no país. A companhia trabalha de forma diferenciada ao compreender dança como produção de conhecimento e não apenas junção de passos ou ilustração de temas e assuntos.

Outros conceitos que se destacam no grupo são a ética e estética sobre o corpo e o ambiente onde este corpo está inserido. Juntamente com a produção unida à pesquisa artística dança e tecnologia.




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     COMPANHIA TEATRODANÇA
   IVALDO BERTAZZO


Ivaldo Bertazzo

Ivaldo Bertazzo, natural de São Paulo, diretor, coreógrafo e educador.
A sua paixão pela dança e pelo movimento começou aos 16 anos e nos anos seguintes, passou a ter aulas com nomes importantes do cenário da dança, como Tatiana Leskova, Paula Martins, Renée Gumiel, Ruth Rachou, Klauss Vianna e Marika Gidali.
Nessa época Bertazzo também viajou o mundo, incorporando as danças étnicas e a cultura de diversos lugares em seu trabalho. A lista de viagens é grande e peculiar, com países como Indonésia, Índia, Paquistão, Tailândia, Irã e muitos outros.
Para Ivaldo Bertazzo todos nós somos Cidadãos Dançantes. Por isso, desde os anos 70, trabalha com pessoas comuns, na educação do corpo e na transformação do gesto como manifestação da própria individualidade de cada um.
Em 1975 criou a Escola do Movimento – Método Bertazzo. O objetivo era aplicar o conceito chamado por ele de "cidadão corpo" – por meio de seu Método, ampliar no aluno a consciência, a autonomia e a estrutura própria do movimento. O ensino é replicado para arte-educadores, visando à multiplicação dos seus ensinamentos.
Entre 1976 e 1992, Bertazzo criou 24 espetáculos em dois planos – um da arte mais sofisticada, com bailarinos profissionais e aparato cênico, outro da "dança-cidadania", com não-profissionais e espírito de mutirão.
E para tornar sua Escola e seu Método ainda mais diferenciados que os demais, Bertazzo aprofundou-se na fisioterapia, com estudos sobre o funcionamento do aparelho locomotor e da biomecânica humana.
Desde então, Ivaldo Bertazzo vem desenvolvendo trabalhos com pessoas comuns, de diferentes classes e profissões, todos engajados na educação do corpo e transformação do gesto como manifestação da própria individualidade – batizado por ele de "Cidadãos Dançantes“.
Foi a partir de 1996, com o espetáculo Cidadão Corpo, que ele passou a trabalhar a "identidade brasileira do movimento" numa série de criações marcantes tendo o corpo ligado à questão da cidadania.
Nos últimos anos, Bertazzo vem trabalhando ativamente com a periferia e com empresas privadas. Ao trabalhar com adolescentes em zonas de risco, exerce uma influência que chega a ser transformadora em termos pedagógicos, psicológicos e sociais.
A partir do ano 2000, cerca de 60 adolescentes, de 12 à 18 anos, do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, participaram de um projeto de experimentação dos princípios da coordenação motora, segundo o Método de Bertazzo. Este trabalho gerou três espetáculos: Mãe Gentil (2000), Folias Guanabaras (2001) e Dança das Marés (2002).
Em 2002, voltou para São Paulo, recrutou jovens de ONGs de várias periferias e deu início ao projeto Dança Comunidade – em parceria com o Sesc, com patrocínio da Petrobrás e co-patrocínio do Instituto Votorantim. Os 40 selecionados partiram para um intercâmbio cultural, e da união desses jovens com músicos vindos da Índia e percussionistas de escolas de samba, nasceu Samwaad – Rua do Encontro (2003), que representou o Brasil na França e na Holanda.
Em 2005, foi a vez de Milágrimas, com integrantes da África do Sul, e em 2007, Bertazzo transformou este grupo de jovens em companhia profissional – fundou a Companhia de TeatroDança Ivaldo Bertazzo.

Companhia TeatroDança Ivaldo Bertazzo


Fundada em janeiro de 2007, originada do Projeto Dança Comunidade.
A Cia. TeatroDança Ivaldo Bertazzo, é composta por jovens e adolescentes vindos da periferia e de projetos sociais.
A Companhia não tem a preocupação de formar bailarinos profissionais, mas preparar os indivíduos para um cotidiano digno.
Mar de Gente, foi o primeiro espetáculo profissional da Cia. TeatroDança Ivaldo Bertazzo.
A Cia. continua produzindo e atualmente está em cartaz com o espetáculo Corpo Vivo - Carrossel das Espécies.


Algumas obras coreográficas de Ivaldo Bertazzo

- Samwaad - Rua do Encontro (2004): A música indiana foi uma das principais inspirações para Samwaad, palavra que significa harmonia em hindu. A trilha do espetáculo foi baseada em escrituras sagradas do hinduísmo e fala de iluminação, de entendimento. Além da filosofia, o toque oriental foi dado por uma dançarina indiana e sete ritmistas.
 
- Milágrimas (2005): Foi o trabalho de todo um período, desde o início dos trabalhos de Samwaad, que permitiu a chegar nesse espetáculo, em que, com alguma liberdade, se esboça uma dança mais contemporânea. Pois a formação de um artista exige tempo: somente depois de um período de interiorização e busca consegue-se entrar num processo criativo.



- Mar de Gente (2007): Foi o primeiro espetáculo profissional da Cia. TeatroDança Ivaldo Bertazzo, fundada em janeiro de 2007, originada do projeto Dança Comunidade.
 




- Noé Noé! - Deu a Louca no Convés (2008): O espetáculo recriou o ambiente de um cais, onde um transatlântico de luxo se prepara para partir com um grupo inusitado de passageiros, formado por prostitutas, cafetões, carregadores e uma indiana enigmática, que aparece proferindo frases de músicas.
 



- Corpo Vivo - Carrossel das Espécies: Desenvolvido em parceria pela Cia. TeatroDança Ivaldo Bertazzo e pelo SESC São Paulo, o espetáculo Corpo Vivo - Carrossel das Espécies permite refletir sobre as relações frequentemente desiguais, embora em busca de equilíbrio - entre o homem e a natureza.










Referências Bibliográficas


Ivaldo Bertazzo.  Disponível em: <http://www.ivaldobertazzo.com.br.
Acesso em 12/06/2011 às 20:40h.

Ivaldo Bertazzo - Cine SESC.  Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=vNgI6LRZTXo.
Acesso em 12/06/2010 às 20:50h.

10/09/2010: Metrópolis - Corpo Vivo - Carrossel das espécies. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=dVUlY-MJdeU.
Acesso em 12/ 06/2011 às 21:30h.


Trabalho desenvolvido pela acadêmica Denise Anjos Azevedo.

Download dos arquivos desse trabalho:
Texto: http://www.sendspace.com/file/jniogy
Slides:  http://www.sendspace.com/file/8idwbu



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CALEIDOS CIA DE DANÇA

Sob direção de Isabel Marques, o Caleidos Cia. de Dança, sediada no Caleidos Arte e Ensino, existe desde 1996 e notabilizou-se por propostas inovadoras no campo da dança. 
O Caleidos Arte e Ensino é o espaço criado pela Profa. Dra. Isabel A. Marques Fábio Brazil para a iniciação, apreciação, reflexão, pesquisa e criação das artes do corpo e da palavra. Inaugurado em março de 2001.
O Caleidos Arte e Ensino abriga artistas, professores e público leigo em geral através de projetos específicos com cursoseventospublicações, palestras, espetáculos e apresentações de dança e poesia.
A proposta do Caleidos Arte e Ensino é o diálogo crítico e transformador através da arte. As atividades do espaço articulam os três eixos norteadores de sua proposta ARTE , ENSINO e SOCIEDADE.
A criação do Caleidos Arte e Ensino teve como origem a necessidade dos seus criadores de trabalhar o ensino de Arte distanciando-se tanto dos limites impostos pelas instituições de ensino regular quanto do amadorismo voluntarioso no ensino de arte. 
A proposta do Caleidos Cia. de Dança reafirma a importância do acabamento, da finalização, ou seja, do produto artístico, sem no entanto cair novamente no tradicionalismo. O Caleidos Cia. de Dança abraça a proposta contemporânea da relação entre espaços diferentes e diferenciados para a dança e a poesia que interagem e dialogam com a finalização de produtos artísticos  com a participação do público presente.
Pautado na pesquisa de doutorado de Isabel Marques, a atuação do Caleidos Cia de Dança  rompeu de forma artística, responsável e educacional com a divisão palco platéia, cunhou o conceito de “proposição-cênica” e abandonou a dicotomia entre a atuação do artista e do professor, renovando a produção de dança e ensino no Brasil. Isabel Marques dirigiu/dirige cursos sobre a linguagem da dança e o seu ensino com base nesta proposta para artistas, professores e alunos de inúmeras faculdades de Arte, Educação Física e Dança no Brasil e no exterior.
Propondo mais um passo renovador, juntamente ao poeta e diretor Fábio Brazil, o Caleidos Cia. de Dança encontrou na poesia e na leitura estrutural do texto mais um caminho para ampliar e aprofundar os conceitos que criou e pelos quais tem pautado sua atuação artística e educacional há mais de 10 anos.
No ano de 2001, o Caleidos Cia de Dança estabelece-se em sede própria na cidade de São Paulo e passa a desenvolver projetos em duas linhas principais:
·  Projeto Linguagem. Projeto voltado para a exploração cênica da Linguagem da Dança (princípios de Laban) e exploração das interfaces entre a dança e a educação por meio da interação com o público para a criação de espetáculos de dança.

·  Projeto Cênico. Projeto de cunho artístico performático, que busca as interfaces entre a linguagem poética e a dramaturgia para a dança visando às possíveis relações estruturais entre essas duas formas de arte para a criação de cenas de dança.
Em torno desses dois projetos foram criadas as 07 versões diferentes do espetáculo COREOLÓGICAS – a seqüência de montagens em São Paulo e mais duas, uma no Recife (com Acupe Grupo de Dança, direção de Paulo Henrique Ferreira) e outra em Helsinki – Finlândia. O Caleidos Cia de Dança foi contemplado com a Lei de Fomento à Dança do Município de São Paulo - 2ª edição para a montagem do espetáculo COREOLÓGICAS V (2007/08).
No Projeto Cênico, foram criados os espetáculos POESIA PRESENTE, LUGAR COMUM, GAIOLA!, SILÊNCIO (Prêmio Estímulo da SMC-SP) e ARES FAMILIARES (Prêmio ProAC 2008, SEC-SP).

         O Caleidos Cia de Dança atuou desde sempre em torno de alguns princípios:
·  exploração da linguagem da dança por meio dos estudos de Laban;
·  interatividade como valor estético e educativo;
·  comunicabilidade e diálogo com o público;
·  clareza dramatúrgica;
·  relação da dança com o contexto sócio-afetivo-cultural do público e do entorno.
O Caleidos criou projetos e espetáculos que no conjunto refletem a face híbrida da cia de dança: há espetáculos cujo foco é a dramaturgia e as reflexões que ela provoca – sem, é claro, perder seu compromisso com a arte da dança -, e há espetáculos cujo foco é a linguagem da dança e suas possibilidade de desenvolvimento – sem, é claro, perder seu compromisso com o diálogo com o público.

        O Caleidos Cia de Dança instala-se na interface entre a arte e a educação. Despregando-se dos estigmas convencionais postulados ingenuamente por artistas e professores tradicionais a Cia. de dança desenvolve espetáculos comprometidos com o diálogo e a reflexão com o público – valor da educação – e ao mesmo tempo comprometidos com a interação e pesquisa da linguagem da dança – valor da arte.

          A partir de 2009, com a abertura do Instituto Caleidos e encerramento das atividades do Caleidos Arte e Ensino, na Lapa, o Caleidos Cia. de Dança tem sido convidado a integrar projetos de Companhia Residente em instituições de educação e cultura.

         Em 2009 – Residência na Universidade Anhembi Morumbi.

Conheça mais os trabalhos realizados pelo Caleidos Cia. de Dança
·  Ares Familiares (2009)
É um espetáculo interativo de dança contemporânea do Caleidos Cia de Dança, dirigido por Isabel Marques e Fábio Brazil - co-direção e dramaturgia - cuja base dramatúrgica são as relações familiares que se desenvolvem a partir dos corpos que dançam propondo e convidando o público – jovem, adulto, criança ou idoso - a interagir com os intérpretes, criando e recriando os “ares familiares”. A partir de temas relacionados às interações familiares em sociedade: a cumplicidade, a continuidade, a hierarquia, as histórias, as linhagens foram desenvolvidas as cena e o convite ao público para que integre, conheça, re-leia, refaça e elabore corporalmente a proposta desses espetáculo: ARES FAMILIARES. Contemplado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) do Estado de São Paulo em 2008, foi apresentado em 2009 em diversos teatros e espaços cênicos do Estado de São Paulo e continua em cartaz como repertório do Caleidos Cia. de Dança.


·  "Coreológicas IV"
Em 2006, a Caleidos Cia. de Dança comemorou dez anos de trabalho com a montagem COREOLÓGICAS IV, em cartaz de março a junho do mesmo ano. Cada espetáculo COREOLÓGICAS aborda temas de movimento diferentes de forma artística, lúdica e prazerosa para público com diversas culturas corporais. COREOLÓGICAS é um espetáculo verdadeiramente inclusivo, pois convida e agrega, dançando, corpos, idades, etnias, classes e gêneros em processo de apreciação e criação individual e coletiva.  Nesse espetáculo , outras formas de relacionamento entre artistas e público são lançadas estabelecendo uma nova relação entre a dança e a sociedade em que vivemos.
Direção e concepção: Isabel Marques 
Artistas convidados: Fabiane Carneiro, Melina Sanchez, Kátia Henrique e Isabel Marques.
Trilha musical: Naná Vasconcelos


  "Lugr Comum"
Estréia em agosto de 2005 - é um espetáculo de poesia e dança. Poemas de DH Lawrence dialogam com as cenas que revelam nuances e motivações sutis e contraditórias da relação afetiva e da vida cotidiana de uma casal de classe média.
Direção e concepção: Isabel Marques e Fábio Brazil
Artistas convidados: Fernanda Mascarenhas e Charles de Santana
Declamação ao vivo: Fábio Brazil

·  "Coreológicas III "
Estréia em setembro de 2004 - para público infantil, jovem e adulto - o Caleidos Cia. de Dança propõe de forma artística o conhecimento dos elementos estruturais da linguagem da dança propostos por Rudolf Laban. O público é chamado a assistir e a participar corporalmente do espetáculo, integrando, assim a atividade estética e educacional.
Direção e concepção: 
Isabel Marques Artistas convidados: Fernanda Gusso, Fabíola Neves, Luciana Nunes e Fernanda Mascarenhas
Trilha musical: Barbatuques 


·  "Gaiola!"
Estréia em abril de 2004 - O espetáculo gaiola nasceu da vontade de investigar os sistemas de dominação e condicionamento nas relações afetivas e aparentemente normais e universalmente aceitas. A dramaturgia proposta por Fábio Brazil, que é a base do espetáculo de dança, apresenta ao público duas personagens sem nomes, história ou características físicas previamente definidas, vivenciando a relação que o texto busca discutir:  cuidadores e cuidados.  Ao focar essa relação, afloram temas como o confinamento, a dominação, a dependência e os condicionamentos.
Direção e concepção: Isabel Marques Fábio Brazil
Artistas convidados: Fernanda Gusso e Renata Faria
Participação especial: Charles de Santana
Trilha musical: Fábio Sardo


·  Vozes da Escola
Concebido e dirigido por Isabel Marques, discute por meio da dança o universo da escola pública, suas vicissitudes, necessidades e possibilidades. Participaram do processo de criação do espetáculo somente professoras da rede pública de ensino interessadas em vivenciar a dança como forma de arte e, assim, acumular experiências para seus trabalhos com dança nas escolas de São Paulo. Este espetáculo foi apresentado no Caleidos Arte e Ensino (SP), na Faculdade de Educação da USP, em Centros Unificados de Educação (CEU) da cidade de São Paulo.
 

·  "Silêncio"
Estréia em novembro de 2003 - O espetáculo SILÊNCIO tem como base o poema silêncio  de Fábio Brazil lançado em 2002. O poema focaliza o silêncio de um casal em final de relação, tomando sopa na sua cozinha e, para não se olharem, lendo a embalagens sobre a mesa. No espetáculo, o poema é encenado através da dança. A dança recria o poema relacionando-se com o texto por meio da estrutura da construção poética. A música participa da paisagem sonora suscitada pelo poema e recria passagens construindo relações com a dança. O poema, declamado durante o espetáculo, torna-se pauta e ao mesmo tempo é conduzido pela dança e pela música.
Recebeu Prêmio Estímulo da Secretaria Municipal de Cultura de SP em  2003.
Direção: Isabel Marques e  Fábio Brazil
Artistas convidados: Soraya Sabino e Marcos Moraes
 

·  "Coreológicas: duos"
Estréia em maio de 2001 - outras formas de relacionamento entre artistas e público são lançadas via temas de movimento de Rudolf Laban.     Composto de proposições cênicas (coreografias) para duos, o espetáculo explora as relações entre a dança contemporânea e as possibilidades de educação em dança por meio do espetáculo. O público participa assistindo (fruição) e/ou entrando na dança (fazer artístico), discutindo em seus corpos elementos da linguagem da dança (corpo, espaço, dinâmicas) com proposta artística/estética.
Direção: Isabel Marques 
 

·  "Cidade em Trânsito"
Estréia setembro de 1998 - foi montado exclusivamente para participar da exposição "Fantasia Brasileira: balé do IV Centenário", no SESC Belenzinho, em 1998. O convite à companhia foi feito em função da proposta artístico-educacional desenvolvida pela companhia desde 1996, que visa a educar via espetáculo de dança, sem, no entanto, pedagogizar a dança.     O espetáculo CIDADE EM TRÂNSITO voltou-se sobre as diversas vozes da cidade de São Paulo, explorando as múltiplas relações interpessoais para o exercício da cidadania nos meios urbanos.     Durante o período da exposição, mais de 3600 crianças, jovens e adultos assistiram e participaram do espetáculo, ampliando sua visão de dança, assim como sobre a cidade de São Paulo, a partir da fruição e da participação corporal no espetáculo. Perguntados sobre o espetáculo, crianças responderam que "gostaram mais de tudo", " esta é uma dança cultural", " a dança de vocês [do Caleidos] é diferente da dança da televisão". Um aluno da rede pública declarou ao final que " eu senti um show dentro de mim".
Direção: Isabel Marques 
 

·  "Coreológicas"
Estréia dezembro de 1996 - O espetáculo COREOLÓGICAS foi pioneiro na proposta de interatividade com o público, envolvendo crianças, jovens e adultos. Apresentado por todo o Brasil, Canadá e Europa nos anos de 1996-2001  teve como foco o trabalho coreográfico com base nos temas de movimento de Rudolf Laban, integrando no mesmo espetáculo a possibilidade de apreciação estética e de aprendizado da dança via participação crítica e criativa do público.
Projeto desenvolvido e apresentado até setembro de 2001.
Direção: Isabel Marques


PRÊMIOS RECEBIDOS 

- BOLSOS VITAE DE ARTES – FUNDAÇÃO VITAE
Projeto Terpsicore – espetáculo Corpo Dócil – Isabel Marques, em 1993

- PRÊMIO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SÃO PAULO:
Circulação do espetáculo Silêncio, de Fábio Brazil e Isabel Marques, em 2003/04.

- LEI DE FOMENTO À DANÇA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 2ª. EDIÇÃO:
Projeto Coreológicas – produção e montagem do espetáculo Coreológicas V, direção de Isabel Marques, circulação do espetáculo, curso de formação de professores, seminário, 2007/08.

- PROGRAMA DE AÇÃO CULTURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Montagem e produção do espetáculo Ares Familiares, co-direção de Isabel Marques e Fábio Brazil, em 2008/2009.

- LEI DE FOMENTO À DANÇA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 6ª. EDIÇÃO:
Projeto Retratos – produção e montagem do espetáculo Coreológicas-Ludus e Quatro Cantos, direção de Isabel Marques e Fábio Brazil; circulação dos espetáculos, curso de formação de professores, seminário, eventos Diálogos com quem faz Arte, 2009/10.


ALGUNS TRABALHOS:




Ares Familiares Chegança - http://www.youtube.com/watch?v=P4Ia8PnWwiU

Projeto Dança Escola São Carlos (exercícios) - http://www.youtube.com/watch?v=7IKjrDUA7d0

Espetáculo Caleidos São Paulo V Fórum Pesquisa em Arte - http://www.youtube.com/watch?v=qv-JDKrMbU8





BIBLIOGRAFIA:




ACADÊMICA: Débora Pinheiro Damasceno


Download dos arquivos desse trabalho:

http://www.sendspace.com/file/lnoqt7






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Fundada em 1977 por Hulda Bittencourt Cisne Negro Cia de Dança é considerada, hoje, uma das melhores companhias de dança contemporânea do país. Mantém suas atividades em sua sede na cidade de São Paulo. Suas principais peculiaridades são uma dança viril de grande qualidade técnica e artística, seus trabalhos introduzem-se dentro do cenário contemporâneo ocidental. Seu repertório é constituído por 75 obras, atualmente a companhia estreou Calunga um balé afro brasileireiro, em 10 movimentos, espetáculo este, construído a partir do resultado de um mergulho histórico e estético nas traições “folclóricas populares”do Brasil.
Ficha Técnica
Coreografia: Rui Moreira Música: Francisco Mignone : “Maracatu do Chico Rei” – Musicais incidentais: Olha que belo contramestre - NAU CATARINETA - Areia (PB) - 08/05/1938 ·A virgem do Rosário - REIS DE CONGO - Alagoa Nova (PB) - 07/05/1938 Iluminação: Rui Moreira e Raquel Balekian Figurinos: Gustavo Silvestre / Camarim Artigos para Dança
Entre suntuosas obras, jovens coreógrafos se destacam, entre eles os brasileiros Ana Maria Mondini, Dany Bittencourt, Denise Namura, Tíndaro Silvano, Mário Nascimento e Rui Moreira.
A Cisne Negro Cia de Dança amplia suas atividades desenvolvendo três ações sociais nomeadas  Caminhos da Arte Monsanto, Projeto Reciclando Sonhos e Vem dançar.Ainda carrega consigo sete premiações até  a presente data.
Trabalho desenvolvido pela acadêmica Thuani Ceroni Silveira


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Fundado por Paulo Pederneiras, unido a alguns familiares e amigos, em Belo Horizonte no ano de 1975 - momento e lugar que não propiciavam espaço e campo de trabalho para a dança, o que foi conquistado e criado pelo grupo – teve sua primeira criação no ano seguinte ao seu nascimento. Com música composta por Milton Nascimento e coreografia do argentino Oscar Araiz, o balé “Maria maria” ganhou o apreço do público e da crítica.
O intuito primordial de se tornar profissional, o pioneirismo no quesito “brasilidade na dança” e a busca por uma identidade artística, assim como, excelência e estrutura que garantissem sua continuidade, fez do Grupo Corpo uma das companhias brasileiras de dança contemporânea mais reconhecida no cenário nacional e, principalmente, internacional. Entre os elementos que compõem seus espetáculos é nítida a integração.
Passados quatro anos desde a conquista da sede própria, Rodrigo Pederneiras, em 1981, passa a incorporar o grupo assumindo o posto de coreógrafo-residente. Dessa forma, os irmãos Pederneiras moldam aquilo que se tornaria a personalidade do Grupo Corpo. E, após outras, em 1992 Rodrigo coreografa a obra intitulada “21”, um marco de “retorno a um passado bem-sucedido”, pois o grupo volta a utilizar trilhas sonoras originais, especialmente compostas para os espetáculos e isso torna-se um critério fixo, ou seja, uma regra.
Patrocinado pela Petrobras desde 2000, o grupo mantém a Escola de Dança Corpo e a ONG Corpo Cidadão. Tendo seu nascimento junto com o grupo, a escola vem desenvolvendo seu trabalho com uma metodologia própria, que aborda, entre outros, pontos como história da dança e produção coreográfica, visando estimular e enriquecer culturalmente seus alunos. Por sua vez, criada em 2000, a ONG tem como objetivo a utilização do poder da arte-educação como fonte restauradora e transformadora para o desenvolvimento e inclusão de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
A qualidade que permeia seus trabalhos conquista cada vez mais espaço e público pelo mundo e, principalmente, ajuda a abrir caminhos e oportunidades em um Brasil onde as artes e a educação não encabeçam as (pre)ocupações do governo.
Atualmente o Grupo Corpo tem, em média, 70 espetáculos por ano e mais da metade é realizado no exterior. De acordo com sua trajetória, pode-se destacar os seguintes espetáculo:
Breu - A primeira imagem que toma forma é de uma paisagem devastada, onde o único movimento que se pode vislumbrar é incorpóreo;
Ímã - Inspirado na crônica do antropólogo Roberto Da Matta, Ímã gira em torna das dualidades do ser humano e dos princípios que regem as relações;Lecuona - Cordas, piano e as “paixões” humanas;
Missa do Orfanato - Retrato do desamparo, solidão e misérias humanas;
Onqotô - A metafísica, tormento da espécie humana, e a vastidão misteriosa e indizível que é o universo.

Bibliografia:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2006/09/21/285752922.asp
http://www.grupocorpo.com.br
http://www.hotsitespetrobras.com.br/cultura/projetos/14/35
http://www.tvcultura.com.br/metropolis/blog/29308

Trabalho desenvolvido pela acadêmica Alice Braz Iturriet.

Vídeos:

Download do arquivo desse trabalho:


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LIA RODRIGUES COMPANHIA DE DANÇAS








Lia Rodrigues nasceu em 1956 é integrante do movimento que construiu uma linguagem para a dança contemporânea no Brasil consolidando assim um núcleo de pesquisa e discussão da dança. Lia é paulista, mas mora no rio de janeiro. E ganhou o prêmio de melhor coreógrafa em 1993 conferido pela Funarte.
Passou pelo curso de História na USP, participou do movimento estudantil dos anos 70, criou sua própria Cia em 1990 e o Festival Panorama Rio Arte de Dança em 1992.
A Cia de Danças Lia Rodrigues foi fundado em 1990 no Rio de Janeiro, com o intuito de estimular a reflexão, proporcionar espaços para debates, sensibilizar outros indivíduos para as questões da arte contemporânea, gerar encontros intelectuais e afetivos, além de apoiar e investir na formação e informação de novas platéias.
Lia Companhia de Dança é reconhecida nacional e internacionalmente, realiza atividades pautadas pela reflexão, sensibilização para as questões da arte e formação de novas platéias.
A Cia funciona o ano inteiro com aulas, ensaios do repertório, trabalho de pesquisa e criação e conta sempre com a colaboração dos seus artistas bailarinos, que diariamente trazem suas experiências e sugestões para os ensaios e discussões em aula e são das aulas que saem os temas para as coreografias. Além das aulas de clássico, dança contemporânea e improvisação, faz parte da preparação dos bailarinos leituras de textos e discussões entre si e com pesquisadores e críticos de arte e dança. Atualmente mantém seus trabalhos na Casa de Cultura da Maré no morro Timbau. Ao fazer a mudança para a Maré, a Cia passou a oferecer aulas e oficinas para os jovens da comunidade e fez doação de livros e vídeos de dança para o acervo do local. A Cia realiza espetáculos gratuitos de outras companhias e artistas convidados e mostra de filmes de arte.
Lia Rodrigues Companhia de Dança recebeu uma homenagem do Programa Petrobras Cultural 2006/2007 recebendo um patrocínio de 2 anos para manutenção e difusão do seu repertorio.




Projetos




Projeto Compagnonnage: em 2007, a Companhia iniciou uma experiência de “compagnonnage” com o Teatro Jean Villar de Vitry-sur-Seine − uma cidade nos arredores de Paris, onde beneficiou o público de Vitry e da Maré, com o estreitamento da relação e da troca de ideias e reflexões.


O Centro de Artes da Maré: foi criada em 2007 na comunidade de Nova Holanda, Maré, Rio de Janeiro, com o objetivo de ser um lugar de partilha, convivência, troca de saberes, e direcionamento para a formação, a criação, difusão e produção das artes.


Dança para Todos: é na Maré que a companhia também desenvolve este projeto, com aulas gratuitas de consciência corporal, dança contemporânea para jovens e dança criativa para crianças.



PRÊMIOS


1995 - Bolsa Vitae de Artes
1995 - Prêmio Estímulo - Ministério da Cultura
1994 - Troféu Mambembe - Melhor Coreógrafa - Ministério da Cultura
2000 - Prêmio Rio Dança "Coreógrafo" - AQUILO DE QUE SOMOS FEITOS
2000 - Prêmio Rio Dança "Trilha Sonora" para Zeca Assumpção- AQUILO DE QUE SOMOS FEITOS
2002 - Herald Angel - Melhores Espetáculos do Festival de Edimburgo Escócia, Reino Unido -AQUILO DE QUE SOMOS FEITOS
2003 - Prêmio do Público - FIND 11 º Festival International de Nouvelle Danse, Montréal, Canadá
2007 - Herald Angel - Melhores Espetáculos do Festival de Edimburgo Escócia, Reino Unido - ENCARNADO




CRIAÇÕES
2009 - pororoca
2008 - CHANTIER POETIQUE 2007 - HYMNEN, para o Ballet de Lorraine, Nancy, França 2005 – Performance para “Laminadas Almas” de Tunga no Espaço Tom Jobim no Jardim Botanico, RJ 2005 – ENCARNADO 2005 - CONTRA AQUELES DIFICEIS DE AGRADAR – Projeto “La Fontaine”, França 2002 - FORMAS BREVES 2002 - BUSCOU-SE PORTANTO FALAR A PARTIR DELE E NAO SOBRE ELE - Culturgest, Lisboa, Portugal
2001 - performance para o projeto "Anos 70: Trajetórias", Itaú Cultural/SP 2001 - Performance para a obra "Teresa", de Tunga, abertura do Centro Cultural Banco do Brasil, São Paudo
2001 - DOIS E UM DOIS - Duos de Dança, Sesc Rio de Janeiro 2000 - AQUILO DE QUE SOMOS FEITOS 1998 - Performance para a abertura da exposição Restropectiva de Lygia Clark, Paço Imperial, Rio de Janeiro 1997- FOLIA II 1997 - RESTA UM , para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro 1996 - FOLIA I 1993 - MA
1992 - CATAR 1990 - GINECEU




Parcerias






PETROBRAS 
A Lia Rodrigues Companhia de Danças recebeu financiamento da Petrobras através da Lei Rouanet - Lei Federal de Incentivo à Cultura - dinheiro público, originário de renúncia fiscal, dentro do programa Petrobrás Cultural 2007 de “Manutenção - por 2 anos - de Grupos e Companhias de Teatro e Dança”. 
Redes de desenvolvimento da maré
Théâtre Jean Vilar – Vitry-sur-Seine / França
“Compagnonnages du Théâtre Jean Vilar”, com o apoio do Conseil Régional d’Ile-de-France/Conventionnement au titre de lapermanence artistique


Fundação Prince Claus


Referências Bibliográficas






http://liarodrigues.com/index.html


http://inteirativa.blogspot.com/2009/08/entrevista-com-lia-rodrigues.html


http://www.serralves.pt/gca/?id=581


http://www.hotsitespetrobras.com.br/cultura/projetos/14/39


http://corporastreado.com/panoramasesi/lia_rodrigues.htm


http://aquilomaisisso.wordpress.com/2010/08/10/cia-lia-rodrigues-20-anos/


http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/subindex. cfm?Paramend=1&IDCategoria=2493


http://idanca.net/lang/pt-br/2010/08/11/lia-rodrigues-comemora-20-anos-de-cia-em-sao-paulo/15919


http://www.bienaldedanca.com/CustomContentRetrieve.aspx?ID=1171598






Companhia de dança Lia Rodrigues - Pororoca 4 -fin-
http://www.youtube.com/watch?v=5UAGehWdsK0




Incarnat - Lia Rodrigues
http://www.youtube.com/watch?v=cRGoucGZ6cg




Companhia de dança Lia Rodrigues - Pororoca 2
http://www.youtube.com/watch?v=UTk_DaPtopo


lia rodrigues companhia de danças
http://www.youtube.com/watch?v=kDu4zKnKZvM








Trabalho desenvolvido pela acadêmica Jaqueline Vigorito.


Download dos arquivos desse trabalho:
Texto: http://www.sendspace.com/file/gmdtil
Slides: http://www.sendspace.com/file/akyiac







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RAÇA



Foi nos anos 80 que o Grupo Raça nasceu no cenário da dança no Brasil. Em um primeiro momento configurou-se como uma companhia de jazz dance. O Grupo Raça que mais tarde passou a ser chamado de Raça Cia. de Dança de São Paulo foi fundado por Roseli Rodrigues na cidade de São Paulo.
Roseli uma das precursoras do jazz no Brasil, nasceu em 1955 e foi envolver-se com a dança aos 21 anos. Graduada em Educação Física, se diz apaixonada pelo corpo. A coreógrafa e professora de dança foi membro do Conselho Artístico do Festival de Dança de Joinville nos anos de 2003 e 2004 e fez parte da Comissão de Artes Cênicas e Música do Conselho Municipal de Cultura da cidade de São Paulo. Em 1981, abriu a academia Long Life, espaço destinado à arte da dança, ginástica e musculação.
Um grupo de 16 alunos da academia foram com a coreógrafa Roseli participar de um Encontro Nacional de Dança onde o grupo apresentou uma coreografia com música de Milton Nascimento, intitulada “Raça”. O grupo começou a ser reconhecido pela sua “raça”. Com um empurrão da música de Milton, surgia o Grupo Raça. O grupo foi se consolidando nas mãos de Roseli que teve sensibilidade de perceber que seus alunos precisavam buscar aperfeiçoamento técnico e como nenhum integrante do já chamado Grupo Raça tinha feito aulas de balé clássico, no dia seguinte da competição, Roseli contratou um professor de dança clássica para sua escola, chamada hoje em dia de Raça Centro de Artes.
No inicio o grupo ainda não apresentava uma consciência corporal, mas já tinham carisma e sincronia, o Grupo Raça foi conquistando seu espaço. Ao longo dos anos, a companhia se transformou em referência dentro da cena contemporânea brasileira da dança. Projetar talentos, profissionalizar pessoas rapidamente foi um dos objetivos do Grupo Raça.
O esforço e a determinação da Raça Cia. de Dança de SP, faz com que se mantenha até hoje. Mesmo já sendo um grupo de sucesso e reconhecimento também passa por dificuldades financeiras, conhecidas pela maioria daqueles que fazem dança no Brasil. A Cia. Raça já teve apoio financeiro de patrocínio, período em que Roseli considerou como melhor fase da Cia. Raça, onde podiam realizar seus trabalhos sem se preocupar com dinheiro.
Devido às mudanças que a dança vem passando, a Raça Cia. de Dança de São Paulo também passou por mudanças. Atualmente apresenta trabalhos com uma linguagem contemporânea, a transição dos trabalhos da Cia., do gênero jazz para a dança contemporânea, é visível em dois dos espetáculos que fazem parte da história da Cia. “Novos Ventos” e “Caminho da Seda”. “Foi então que resolvemos ousar e misturar novos ritmos, criar e nos reinventarmos. O resultado veio com estas peças, que marcam esse momento de mudança” disse Roseli Rodrigues.
Contudo, a proposta do trabalho consegue sensibilizar o público e atingir a crítica de modo que aproxima o expectador e faz com que se reconheça a dança como linguagem universal. A filosofia da Cia. é tocar o público pela simplicidade e através dela emocionar, por isso que as suas coreografias são produzidas tanto para serem dançadas no palco quanto nas ruas e praças, para chegar mais perto do público. Para isso a Cia. conta com uma particularidade. “Uma Cia. Brasileira, não pelas suas propostas temáticas e sim porque seus corpos exalam Brasilidade.” frase retirada do site da Cia. O trabalho da Raça é de muita vitalidade física corpo brasileiro que temos. Em um trabalho que traduz a dança do Brasil de hoje.
Não é à toa que o sucesso e reconhecimento da Raça Cia. de Dança de S
ão Paulo são notórios no cenário nacional e internacional, recebeu mais de oitenta prêmios com trabalhos de qualidade poética, artística e técnica. Coleciona em seu repertório coreografias de Roseli Rodrigues, Luis Arrieta, Ivonice Satie, Henrique Rodovalho e Mário Nascimento.
No que diz respeito aos bailarinos poucas companhias permanecem tanto tempo com os mesmos bailarinos como a Raça, a maioria dança na Cia. há 10 anos. Além de construir uma família como a própria Roseli conta, os bailarinos conseguem acompanhar o crescimento da Cia. A rotina dos bailarinos é puxada. "Ensaiamos todos os dias, de domingo a domingo. Temos que manter o peso, o que não é fácil, e estarmos à disposição mesmo quando o corpo, para a maior parte das pessoas, está em frangalhos", conta Andréia Sposito.
Na trajetória da Cia. Raça pode-se destacar a participação em um projeto de circulação com espetáculos e workshops nos estados de Minas Gerais e São Paulo nos anos 2001 e 2002, com o apoio da FUNARTE e Ministério da Cultura. Uma turnê pela Itália incluindo as cidades de Roma, Terni, Salermo, Tagliacosa, Crotone, Enna, Calabicheta, Piazza Armería e outras cidades da Sicília. Apresentação em 2004, no 39º Festival de Sintra em Portugal, e em 2005 foi convidada especial para Noite de Gala do 23º Festival de Joinville. Foi selecionada para o Circuito SESI de Dança/2008 com o espetáculo Caminho da Seda. Também com o espetáculo Caminho da Seda, Roseli Rodrigues foi indicada ao prêmio nacional, Troféu Mambembe, do Ministério da Cultura, como melhor coreógrafa. O espetáculo que mostra a ponte que une o oriente ao ocidente, usa mais de 400 metros de tecidos, não como cenário e sim como elemento coreográfico.
A última obra de Roseli Rodrigues para Raça Cia. de Dança de São Paulo foi “Cartas Brasileiras” que estreou em março de 2009 em São Paulo com patrocínio dos Correios e apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. A Cia. defini seu espetáculo como cartas que viraram poemasque se transformaram em músicas, que se expressam pela dança.
Em março de 2010 a Cia. Raça perdeu sua fundadora, diretora e coreógrafa Roseli Rodrigues. Apesar da perda, o trabalho e a evolução da dança continuam com Edy Wilson, outrora o assistente de direção, assumiu a direção e continua o trabalho da Raça.
No repertório das coreografias da Raça Cia. de Dança de São Paulo estão às coreografias:

“Cartas Brasileiras” (2009)Coreógrafa: Roseli Rodrigues
Estréia Nacional 05 de Março – São Paulo

“Pari Passu” (2008)
Coreógrafo: Eduardo Menezes
“Tango Sob Dois Olhares” (2006)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
3.2” (2004)
Coreógrafo: Henrique Rodovalho
“Caminho da Seda” (2002)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Iyanu” (2000)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Kronos” (2000)
Coreógrafa: Ivonice Satie
“Novos Ventos” (1999)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Principia H” (1998) 
Coreógrafo: Luis Arrieta
“Valse” (1998)
Coreógrafo: Luis Arrieta
“Achalai!” (1998)
Coreógrafo: Luis Arrieta
“Abstract” (1997)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
Word's over water (1997)
Coreógrafo: Luis Arrieta
“De Minh´Alma” (1997)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Tango” 3X3 (1996)
Coreógrafo: Luis Arrieta
“Encontro com Vênus” (1996)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Cat Feeling” (1995)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Aparências” (1995)Coreógrafo: Lynne Taylor-Corbett
Versão Coreográfica: Edson Santos
“The Blue Night” (1994)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“The War” (1994)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Pele” (1994)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Caliente” (1993)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Pimeiro Amor” (1993)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Orange X Green” (1993)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“SPAço DIET” (1991)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Happy Hour” (1989)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Meu Amigo, Meu Amigo” (1989)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“O Lamento dos Escravos” (1988)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Noite Adentro” (1988)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Devaneios” (1987)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Corpos Em Liberdade” (1986)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Bunguille Nungugullu” (1986)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Sedução” (1985)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues
“Coisa Estranha – A Evolução da Espécie” (1984)
Coreógrafa: Roseli Rodrigues

Sugestões de Vídeos da Raça Cia. de Dança de São Paulo:


Referências Bibliográficas:




Trabalho desenvolvido pela acadêmica Maiara Gonçalves


Download dos arquivos desse trabalho:



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